Desresponsabilização.
Uma grande palavra!
Actualmente e desde sempre a moda preferida dos portugueses.
Estamos neste momento a discutir mais uma desresponsabilização neste nosso pequeno rectangulo à beira mar plantado.
A desresponsabilização começou à muito em Portugal e é uma cultura com muitos adeptos.
Em vez de responsabilizarmos as pessoas, os jovens, as crianças fazemos exactamente o contrário, ou seja, na escola primária as crianças não chumbam, como acontecia nos bons velhos tempos. Quem não sabe ler nem escrever vai passando de ano e vai tendo apoio extra nas aulas.
E nesta idade começam a ser desresponsabilizados e culpam os factores exteriores para o insucesso.
Os que chumbam a culpa não é dos alunos nem dos pais, que não os obrigam a estudar! É do professor que dá mal as aulas. A culpa é dos jogos de computador, da net, da televisão, etc, etc mas nunca dos filhos que são uns anjinhos mas que, no final, não estudam.
Ao avançarem na escola deparam-se com outros problemas e mais uma vez são desresponsabilizados, ou seja, os exames que eram para fazer anulamente não os fazem para não sobrecarregar os alunos, que coitados para além de estudar fazem mais... nada.
Quando chegam ao secundário, os exames nacionais correm mal a todas os alunos e como têm de ser desresponsabilizados, dão-lhes gratuitamente 2 pontos em 20, ou seja 10% do teste já têm feito, podem ter 8 que passam com 10 (2 pontos de borla do ministério da educação).
Com a idade os jovens adultos começam a beber e como o Governo gosta de desresponsabilizar a população com os excessos cometidos, depois de diminuir e muito bem, a taxa de alcoolémia para os 0,2 subiu novamente, devido a pressões dos restaurantes, enólogos e afins para os 0,5. Mais uma excelente medida para a desresponsabilização.
À pouco tempo pensou-se, discutiu-se sobre a abulição do "fumo" nos restaurantes, bares, discotecas. Mais uma vez pensou-se apenas no bem estar de alguns que lucram com o negócio do tabaco e desresponsabilizou-se quem gosta de fumar, mesmo quando isso provoca mal estar em quem não fuma.
É a cultura da desresponsabilização.
Agora vai novamente a votos uma nova desresponsabilização da sociedade portuguesa. O aborto.
Será que vale a pena desresponsabilizar seres humanos quando estes apenas pensam no seu bem estar e no seu umbigo?
Será que uma nova vida que iria nascer vale uma interrupção e possivelmente mais tarde um arrependimento?
Por este andar, um dia e se clhar, não muito longe, desresponsabilizam-se quem acelera nas autoestradas, quem não pára nas passadeiras e atropela os peões.
Este post não é sobre o aborto, mas sobre desresponsabilização.
Deve-se continuar a desresponsabilizar as pessoas?
Eu penso que NAO!